
Mamografia

Ultrassonografia de Mama
Sobre a Especialidade
A história da Radiologia começou em novembro de 1895 com a descoberta dos raios-x
pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen. Na ocasião as aplicações médicas desta
descoberta revolucionaram a medicina pois tornara-se possível a visão do interior dos
pacientes.
A grande evolução da radiologia foi a partir dos anos 70-80, com os grandes avanços
tecnológicos e científicos que permitiram um diagnóstico muito mais preciso. Assim, a
Radiologia vem obtendo grande espaço na prática médica. O advento de novos métodos
diagnósticos como a ultrassonografia, mamografia digital, densitometria óssea,
tomografia computadorizada multislice, ressonância magnética e radiologia digital, fez
surgir uma “nova especialidade”, a Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Isto é, o
conjunto das técnicas de diagnóstico que fornecem ao médico uma imagem visual das
diversas partes do corpo humano, qualquer que seja a radiação ou a onda utilizada para
a exploração do paciente.
Conjuntamente com a especialidade, surgiu também o especialista em Radiologia – o
médico radiologista. O especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem atua
geralmente como facilitador no processo de elaboração do diagnóstico final das
doenças. A partir da análise dos exames de imagem, ele elabora um laudo com as
hipóteses diagnósticas, colaborando com os clínicos e cirurgiões para um diagnóstico
mais acurado. Ele também deve orientar e sugerir aos médicos qual o método mais
adequado a ser utilizado em determinado caso. As funções do radiologista consistem em
realizar exames de forma atenciosa e eficiente (visando a interação paciente-médico-máquina)
e auxiliar no diagnóstico, promovendo assim o bem-estar dos pacientes.
Atualmente a área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem tem acompanhado a
evolução tecnológica mundial da computação e da eletrônica, o que torna mais
promissor o futuro da especialidade. Mesmo dentro de cada método de imagem o
desenvolvimento tecnológico foi assustador, levando cada vez mais o médico
radiologista a se “especializar” dentro da sua especialidade.
Esta evolução tecnológica, colocou a Radiologia num lugar de destaque na prática
clínica-cirúrgica, além dos benefícios para os doentes, representados por um
diagnóstico mais rápido e preciso, menos invasivo e portanto, com maior conforto.
A Radiologia Mamária possui destaque por apresentar expressão consolidada nos
principais métodos de imagem: mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética,
permitindo um estudo completo das mamas, assim como a oportunidade de realizar
métodos invasivos para diagnóstico, auxiliando o tratamento clinico-cirúrgico.
Para padronizar os laudos de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética
das mamas, e assim visando reduzir as discordâncias de interpretação dos exames, o
American Collage of Radiology (ACR), em colaboração com outros comitês médicos
americanos, criaram o manual do BI-RADS® (Breast Imaging Reporting and Data
System). O sistema foi adotado no Brasil em 1998, após decisão conjunta do Colégio
Brasileiro de Radiologia, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e Sociedade
Brasileira de Mastologia. Em 2013 o Bi-RADS® foi atualizado, sendo divulgado a sua
quinta edição.
BI-RADS®
Breast Imaging Reporting and Data System
Categoria | Significado | RECOMENDAÇÃO |
---|---|---|
0 | Incompleto | Complementação |
1 | Normal | Controle anual |
2 | Alterações benignas (normal) | Controle anual |
3 | Provavelmente benigno | Controle em 6, 12, 24 meses |
4 | Suspeito | Histopatológico |
5 | Altamente suspeito | Histopatológico |
6 | Lesão com diagnóstico de câncer | Seguir conduta conforme histopatológico |
Notas: 1. Categoria 0: complementação é feita de acordo com a recomendação no laudo do radiologista (Exemplo: incidências mamográficas adicionais, ultrassonografia, mamografia e/ou ressonância magnética). 2. A mamografia e o exame clínico são essenciais para o rastreamento do câncer de mama. 3. É importante o paciente levar exames anteriores de mama para correlação.